
A live aconteceu na semana em que o filme completou quatro anos de lançamento
Batman vs Superman: A Origem da Justiça teve sua estreia mundial em 25 de março de 2016 e nesse domingo, (29), o diretor Zack Snyder fez uma live comentando cena a cena do filme, pelo seu perfil na rede social Vero.

Snyder, sentado em uma sala de cinema, colocou o filme para ‘rodar’ e foi relatando vários detalhes da produção para o público, que interagia com comentários no chat da transmissão.
Contou, por exemplo, sobre algumas locações das filmagens, (Detroit, Bora Bora, Michigan e o México), e algumas HQs e filmes que inspiraram a história (Action Comics 1, Mulher Maravilha 1, Batman 1, Detective Comics 1, The Dark Night e Watchmen).

A produtora Deborah Snyder participou por alguns instantes da transmissão, mas saiu em seguida.
Vendo as imagens do longa na grande tela à sua frente, e cercado dos livros com o storyboard do filme, ele falou do papel de cada personagem.


Sobre o Superman, interpretado por Henry Cavill, o diretor comentou pontos como a inspiração da versão abordada para o personagem, trouxe as metáforas que ligam o herói a Jesus Cristo e a Excalibur, e os dilemas morais do icônico kryptoniano.
A Versão do Superman
Snyder falou que a versão dele para o Superman enfrenta uma realidade e uma moralidade mais complicada do que em 1938, (numa referência ao ano em que Superman teve sua primeira HQ publicada), mas ainda sim é apenas “um cara” otimista, que acredita na verdade e está tentando fazer o que é certo.
“É por isso que eu amo tanto o Superman, por que mesmo nos momentos mais sombrios, ele tem esse otimismo sobre a humanidade”.
Zack comenta também sobre a dor e o choro do Superman, na cena da explosão do Capitólio, onde ele está “fisicamente” ajudando a socorrer as pessoas feridas, mas emocionalmente não está ali, (depois de ter sido tão mal interpretado pelas pessoas e presenciar a tragédia sem poder impedi-la).
Sobre o momento em que Clark se “reencontra” com Jonathan Kent, o diretor comenta que ali o herói internaliza a Fortaleza da Solidão e se reconecta com sua essência. Uma “conversa” simples com o pai, traz à tona o que ele já sabe: “no fundo, você faz o melhor que você pode”.

Metáforas
O diretor explicou metáforas usadas em algumas cenas, como a comparação com Jesus Cristo, por Superman ser visto como um salvador e por tudo o que ele pode fazer de extraordinário.

Ao falar sobre a lança de kryptonita, usada na cena da morte de Apocalypse e Superman, Zack traz outra metáfora, citando Excalibur (a lendária espada do Rei Arthur).
O grito que Superman dá ao morrer, ecoa através do globo e é sentido por todas as culturas e religiões, traz o senso de coletividade, e “acorda” as caixas maternas.
Para Bruce Wayne, fica o arrependimento, lições aprendidas, a esperança e o entendimento de que algo “se quebrou”, mas ao mesmo tempo Snyder diz que:
“Ele (Bruce), pode honrar o que o Superman é, e usar o legado do Superman para algo bom novamente”.
No final o diretor disse que não poderia pedir mais de toda a equipe, que foi simplesmente fantástica, e agradeceu aos fãs por continuar amando Batman vs Superman como ele.
E para quem não assistiu, é óbvio que ao chegar na fala “Você sangra?” Snyder, (gente como a gente), soltou um: “Iconic!”
Mesmo depois de quatro anos, BvS continua sendo um marco nos filmes de super heróis. Apesar de não ter alcançado a bilheteria esperada pelos estúdios, (o longa arrecadou US$ 873 milhões), é um dos filmes mais comentados do gênero de todos os tempos.
A trama e a abordagem dada aos heróis gerou muita polêmica, mas procurou trazer os dilemas vividos por eles para o “nosso” tempo, (considerando que as suas primeiras histórias publicadas já tinham alcançado mais de 70 anos).
A versão estendida do filme tem 181 minutos (30 minutos a mais que a versão exibida nos cinemas), e não importa quanto tempo passe, será sempre uma ótima opção de entretenimento!
Conte para nós o que você acha de Batman vs Superman, com o Superman do século Henry Cavill?
Fabiana Franzosi -Portal Henry Cavill
Fontes Zack Snyder – Vero e Observatório do Cinema